Geralmente, na Folia de Reis, bebe-se muito. Certa vez, depois de tomar uns bons tragos, o compadre Jerônimo, embaixador de uma companhia, foi improvisar, como de costume, uns versos em agradecimento à esmola oferecida pela família que visitavam.
A dona da casa, que criava patos, ofereceu um deles para os Santos Reis. E o Jerônimo cantou:
– “Santos Reis que paga o pato...”
Por muitos anos, o Bolívar não perdia oportunidade de brincar com o amigo, com quem tinha muita intimidade e de cuja filha, inclusive, foi padrinho de casamento:
– “Ôôôôô Jerômo…. o Santo Rei paga o pato!?”
E assim foi até o final da vida do querido amigo Jerônimo, que já partiu dessa pra melhor, mas deixou muitas histórias e saudade.
Este texto é parte do livro 'As incríveis aventuras de Bolívar', de Flávia Lima
Capa do meu livro, que conta esta e muitas outras histórias e causos de Santo Antonio da Alegria e, principalmente, de Bolívar Antônio da Freiria, personagem principal.