Folia de Reis: FESTA E DEVOÇÃO
- Flávia Lima
- 5 de jan. de 2023
- 1 min de leitura
Atualizado: 11 de jan. de 2023

A história do nascimento de Jesus, num estábulo ao relento, é prova de que a humildade é dom Divino. Mas a visita que os três Reis Magos fizeram a Ele nos fala de festa e da sublime aptidão humana para comemorar a vida. Ser alegre, portanto, também é um dom de Deus.
Os Santos Reis permanecem vivos e se fazem presentes todo ano, principalmente de 1º a seis de janeiro, quando as companhias ainda resistentes no interior vão de casa em casa, louvando o nascimento de Jesus entre cantorias e uma fartura de cores, comes e bebes.
“O sonho da gente, que é devoto, é esperar a Folia de Reis. É o melhor momento do ano”, diz Bolívar sem titubear, assim que o assunto vem à tona. Desde criança, o coração batia mais forte e os olhos dele brilhavam ante a chegada das companhias.
Em Santo Antônio da Alegria, elas são muitas. Desde que nasceu, Bolívar é folião em várias companhias. Com as danças e versos dos palhaços, os músicos tocando seus instrumentos, muitas vezes artesanais, e com o arco todo enfeitado, carregando a bandeira lá no alto, as folias de reis chegam alegremente às casas, cantando e saudando a moradia, dando vivas à Sagrada Família e aos Santos Reis.
Depois vem a festança do dia seis, com fartura de alegria e alimentos. E as batidas da caixa que acompanham as rimas já começam a deixar saudade no coração do devoto, que assim que a festa termina passa a aguardar com expectativa o próximo ano.
Este texto é parte do livro 'As incríveis aventuras de Bolívar', de Flávia Lima
Foto ilustrativa
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